A venda de veículos híbridos e elétricos no Brasil segue em curva ascendente. Somente em março de 2025, foram emplacadas 14.380 unidades, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), marcando o melhor desempenho do ano até agora. O número representa um aumento de 10% em relação a fevereiro e de expressivos 31,5% na comparação com o mesmo mês de 2024. No primeiro trimestre, o acumulado já chega a 39.924 unidades, reforçando o protagonismo dos eletrificados na transição energética da mobilidade.

Mais do que alterar padrões de consumo, esse crescimento está provocando mudanças estruturais na indústria automotiva — com impactos diretos na formação da força de trabalho. O avanço da eletromobilidade tem exigido uma reformulação nas competências técnicas e comportamentais dos profissionais do setor, impulsionando novas especializações e reformulando currículos de cursos técnicos e superiores.

 

Mercado em expansão

A predominância dos híbridos — que responderam por 84,6% das vendas brasileiras em janeiro — ilustra o desafio da dualidade tecnológica. Modelos como o Toyota Corolla Cross HEV e o BYD Song Plus PHEV reúnem conhecimentos da mecânica tradicional com sistemas avançados de eletrônica embarcada, exigindo treinamentos específicos para cada arquitetura.

Pensando nisso, o UniSenai PR conta a pós-graduação em Veículos Híbridos e Elétricos que desenvolve competências em eletrificação, hibridização e células de combustível. A proposta é formar profissionais aptos a lidar com sistemas de alta tensão, diagnóstico de baterias de íon-lítio, conectividade veicular e atualização de software embarcado.

Além disso, laboratórios especializados e centros de simulação, permitem que os alunos vivenciem situações reais da indústria. A abordagem multidisciplinar integra áreas como eletrônica de potência, nanotecnologia, ciência de materiais e gestão da sustentabilidade, com foco em reciclagem de baterias e economia circular.
 

Requalificação

No campo técnico, a requalificação de profissionais de manutenção também é fundamental. A eletrificação exige domínio de protocolos de segurança, como a NR10 especializada para alta tensão, além de habilidades em desenergização de sistemas e balanceamento de células de baterias. Novas profissões têm emergido, como técnico em conectividade veicular e técnico em energias para o setor automotivo, voltados à instalação de estações de recarga, integração de smart grids e manutenção de sistemas de infotainment.

Com a chegada de montadoras como a BYD ao Brasil — que já iniciou a construção de sua fábrica na Bahia —, a demanda por mão de obra especializada tende a crescer ainda mais. A estimativa do
Mapa do Trabalho Industrial é de que 56 mil novos profissionais com ensino superior sejam necessários no país até 2025, muitos deles voltados ao setor automotivo de base tecnológica.

 

Diferentes oportunidades

Além das oportunidades na indústria, o mercado se expande para o setor público, com projetos de mobilidade urbana elétrica, e para o empreendedorismo, com oficinas especializadas e serviços técnicos avançados. A faixa salarial acompanha essa valorização: varia de R$ 2.300 a R$ 15 mil, a depender da qualificação e área de atuação.

Essa transformação reposiciona o setor automotivo como um dos mais promissores para carreiras ligadas à inovação e sustentabilidade. A eletrificação dos veículos não apenas reduz emissões, mas também redefine competências e cria uma nova geração de profissionais — mais digitais, colaborativos e preparados para os desafios da mobilidade do futuro. 

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