Você já pensou na dificuldade que seria analisar, de maneira prática e a noite, a relação entre o comprimento da onda de calor e a potência gerada por um módulo fotovoltaico justamente quando não existe incidência de irradiação solar?

Para os acadêmicos do UniSenaiPR isso não é um problema. É um desafio transformado em oportunidade e apresentado no mais importante fórum de discussão sobre a formação e o exercício profissional em Engenharia no Brasil.

Com o apoio de professores, os alunos de Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica do UniSenaiPR em Londrina criaram uma bancada didática para geração de luz forçada em placa fotovoltaica durante o período noturno.

Como resultado:

1.    trabalharam a modelagem matemática de lâmpadas que podem simular a luz solar em representações de comprimento de onda que otimizem a geração de energia elétrica na placa solar;
2.    contribuíram para a aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos;
3.    auxiliaram no processo de ensino-aprendizagem dos acadêmicos que dispõe apenas do período noturno para os estudos.

O projeto em si e todos os resultados acadêmicos obtidos a partir desse trabalho se transformaram em um case de sucesso e a iniciativa foi levada pelo professor Wesley Candido da Silva para a 51ª edição do COBENGE - Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, realizado em setembro deste ano no Rio de Janeiro.

Promovido pela Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE) e organizado em parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ), o COBENGE é o mais importante fórum de discussão sobre a formação e o exercício profissional em Engenharia no Brasil.

A atividade fez parte da Jornada de Aprendizagem, disciplina transversal, presente em todos os semestres letivos e criada com objetivo de integrar conteúdos e interdisciplinaridade para relacionar teoria e prática, com foco na resolução de problemas reais do mundo do trabalho envolvendo os setores industriais.

“Ações como esta desenvolvem competências e habilidades do aluno, como o trabalho em equipe, pensamento lógico, empreendedorismo, autonomia entre outras; além da implementação prática de projetos”, explica o professor Wesley, docente nos cursos de Engenharia Elétrica e Automação Industrial e da pós-graduação em Engenharia de Automação Industrial do UniSenai PR em Londrina.
“Além disso, essa oportunidade possibilitou um conjunto evolutivo de desafios que cobriram áreas técnicas no âmbito da engenharia, como a eletrônica, automação, eletrotécnica e simulação, além de competências comportamentais, como criatividade, inovação e resolução de problemas, altamente valorizadas pelos atuais estudantes de engenharia e pelo mercado de trabalho.”, finaliza.