A manufatura enxuta tem se firmado como um diferencial competitivo para a indústria brasileira. Em 2023, 86% das indústrias instaladas no país já adotavam pelo menos uma técnica enxuta, enquanto 41% aplicaram 11 ou mais das 17 técnicas disponíveis para reduzir tempo e custo de produção e elevar a qualidade, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre as práticas mais comuns estão trabalho padronizado, programa 5S, gestão visual, gestão da qualidade total, manutenção produtiva total e Kaizen.

No entanto, 37% das indústrias ainda enfrentam lacunas de conhecimento, o que dificulta a adoção plena das metodologias enxutas. Além disso, muitas empresas veem a implementação como onerosa, especialmente quando envolve a integração com tecnologias digitais, como inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e big data. Para superar esses desafios, iniciativas como o Brasil Mais Produtivo e programas do Senai oferecem consultorias, cursos e capacitações que auxiliam empresas a aplicar práticas enxutas de forma estratégica, eficiente e sustentável.

Mais do que um conjunto de técnicas, a manufatura enxuta é uma filosofia de gestão focada em eliminar desperdícios, aumentar a produtividade, reduzir custos e engajar colaboradores. Estudos no setor automotivo brasileiro demonstram que empresas que adotam essas práticas obtêm melhor desempenho operacional, especialmente quando combinadas com a Indústria 4.0, ampliando ainda mais os resultados e a competitividade industrial.

O mercado de trabalho acompanha essa evolução. Em 2025, aproximadamente 14 milhões de trabalhadores precisarão de qualificação ou requalificação para atender às novas demandas da indústria. Em 2024, a indústria foi responsável por 76% das novas vagas formais, com destaque para funções técnicas e operacionais ligadas à automação, gestão de produção, controle logístico e melhoria contínua.

Além disso, setores com processos divididos, como fabricação, usinagem e montagem, têm adotado mais técnicas de manufatura enxuta, enquanto segmentos de processos contínuos, como químico e papel e celulose, ainda apresentam grande potencial de expansão. A integração de tecnologias digitais, como monitoramento remoto (ERP, MES, SCADA), sistemas integrados de engenharia e automação digital, é um diferencial competitivo crescente.

Investir em formação especializada é, portanto, uma estratégia essencial para profissionais que querem liderar a transformação industrial. A pós-graduação em Gestão Industrial e Manufatura Enxuta do UniSenai PR prepara líderes capazes de aplicar metodologias enxutas, integrar tecnologias digitais e promover melhorias contínuas em qualquer setor industrial.

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