Pós-graduação em hidrogênio renovável prepara profissionais para setor em expansão no Brasil
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Pós-graduação em hidrogênio renovável prepara profissionais para setor em expansão no Brasil
Mais de 60 projetos e R$ 188 bilhões em investimentos já criam oportunidades para profissionais capacitados atuarem na nova cadeia produtiva
O avanço da economia de hidrogênio verde (H2V) não é mais uma promessa distante: trata-se de uma realidade que já começa a moldar a matriz energética e o mercado de trabalho no Brasil. Com uma das matrizes elétricas mais renováveis do mundo e projetos robustos em curso, o país desponta como um player estratégico na produção e exportação de hidrogênio de baixo carbono. Nesse cenário, a demanda por profissionais qualificados se acelera — e a formação especializada torna-se um diferencial competitivo.
O potencial brasileiro é expressivo. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil já soma mais de 60 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis, com investimentos anunciados que ultrapassam R$ 188,7 bilhões. O destaque fica por conta do Porto do Pecém (CE), que concentra cerca de R$ 110,6 bilhões desses recursos. A primeira planta de hidrogênio verde do país foi inaugurada ali, em 2023, consolidando o Ceará como um dos principais hubs da nova economia energética. Com um custo de produção competitivo — entre US$ 1,20 e US$ 1,80 por quilo —, o Brasil está bem-posicionado para atender tanto ao mercado interno quanto à demanda crescente de regiões como a União Europeia, que buscam fontes sustentáveis de energia.
Qualificação de mão de obra
Para viabilizar esse crescimento, entretanto, o setor precisa superar desafios importantes, como a regulação e certificação da origem renovável do hidrogênio, o desenvolvimento de infraestrutura e a redução de custos tecnológicos. Outro ponto crítico é a qualificação de mão de obra especializada. Considerando esse cenário, o UniSenai PR oferece a pós-graduação em Hidrogênio Renovável para preparar engenheiros, químicos, tecnólogos e profissionais da indústria para atuar em empresas, centros de pesquisa e iniciativas ligadas à inovação em energias limpas.
O conteúdo da especialização é abrangente e alinhado às demandas do mercado: aborda desde a produção de hidrogênio por eletrólise e biomassa, até o armazenamento, transporte, aspectos regulatórios e aplicações em setores como mobilidade, indústria e geração de energia. Também discute a economia do hidrogênio, a química envolvida e as políticas públicas necessárias para consolidar o mercado. As aulas são online e ao vivo, permitindo interação direta com professores e colegas, de qualquer lugar do país.
De acordo com levantamento realizado em parceria com o projeto H2Brasil,a necessidade de profissionais qualificados para o setor de hidrogênio verde já é expressiva:
— 2.863 novos técnicos e trabalhadores qualificados por ano;
— 2.248 trabalhadores semiqualificados e não qualificados;
— Demanda crescente de cientistas e engenheiros altamente especializados para universidades e centros de pesquisa.
A pesquisa também indicou que 56% dos especialistas brasileiros acreditam que a produção de hidrogênio por eletrólise será a área de maior crescimento nos próximos anos, seguida pela produção a partir de biomassa (49%) e pelos derivados como amônia e metanol (38%). A criação de centros de excelência e laboratórios regionais pelo Senai — em estados como Paraná, Bahia, Santa Catarina, São Paulo e Ceará — reforça a infraestrutura necessária para formar profissionais prontos para atuar nesse novo mercado.
O Brasil está diante de uma janela de oportunidade única. A transição energética global abre espaço para o país se consolidar como líder na produção e exportação de hidrogênio verde, impulsionando inovação tecnológica, descarbonização e desenvolvimento econômico sustentável. Profissionais que apostarem agora na capacitação especializada estarão prontos para ocupar posições de destaque em um setor que tende a transformar o panorama industrial nos próximos anos.
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